Uma seleção de histórias e memórias da comunidade contadas na primeira pessoa
http://historiasdevida.cm-oeiras.pt
A nossa colaboração com o projeto Histórias de Vida, e as Bibliotecas de Oeiras começou em 2015.
No início, na Biblioteca Municipal de Algés, iniciava-se a recolha e registo de histórias de vida de pessoas nascidas antes de 1955. Partilharam-se testemunhos com o objetivo de preservar e revivificar a memória individual e social, potenciando também a auto-estima, sentimento de pertença à comunidade e exercício da cidadania dos participantes.
Mais tarde, com a nossa colaboração, aliaram-se as tecnologias digitais a este projeto de memória, e as histórias de vida começaram por tomar um formato multimédia e digital. Os depoimentos contados na primeira pessoa transformaram-se em histórias curtas – pequenos filmes e áudios criados em colaboração estreita entre contadores e facilitadores, abertos a diferentes perspetivas e, cada vez mais, a novos protagonistas.
Na segunda fase do projeto a Media Shots coordenou o projeto. Trabalhou com os “embaixadores” da geração nascida antes de 55 na recolha de testemunhos e memórias do concelho, orientando ações de recolha em parceria com instituições e associações locais.
A disponibilização online de parte destas narrativas no website que a Media Shots construiu facilitam a sua consulta e partilha, para que este património intangível se mantenha vivo, inspirador e presente.
Alguns testemunhos
O projecto Histórias de Vida nasce do desejo de envolver a comunidade com a biblioteca pública, de ir ao encontro de um segmento de público em crescendo, para o qual importa hoje encontrar formas inovadoras de promover a participação cidadã, as dinâmicas de grupo e o combate à solidão, apostando ainda na preservação e revitalização da memória colectiva, reforçando o papel que as bibliotecas públicas podem e devem assumir neste âmbito.
Ana Gomes dos Santos, bibliotecária
Tive muito gosto em participar. Acredito que é muito importante as pessoas poderem voltar às suas raízes, às suas memórias e serem promovidos espaços de partilha como estes onde os mais velhos podem ter atenção e sentir-se integrados.
Mara Antunes
Eu destacaria neste projeto o envolvimento da escola e das gerações mais novas, o que valorizou ainda mais toda esta bagagem dos mais velhos. A dimensão digital do projeto, que permite a sua divulgação alargada, completa muito bem a ideia.
Paulo Gameiro
Gostei muito de participar neste projeto. Apesar de viver desde sempre em Algés aprendi muitas coisas novas, que não sabia, através das histórias dos outros. Espero que a ideia continue a crescer
Paula Montez
Recordei episódios que já nem lembrava e troquei ideias com outros elementos do grupo. Partilhámos todos diversas experiências das nossas vidas. Para além de tudo isso, fizemos amizades.
Maria Amélia Teixeira
Em junho, terminamos a primeira parte do projeto histórias de vida, mas a verdade é que só agora começámos.
Ana Paula Torres
Foram reuniões em que nos sentimos livres, descontraídos e onde a sala da biblioteca, a funcionar num bonito edifício antigo e cheio de história, se tornou palco da partilha de recordações, com a diversidade de experiências e emoções que não se esquecem.
Maria Sam Pedro
Acho que a circunstancialidade das nossas estórias de grupo pode ser um contributo mínimo para a grande História, ou quanto muito, e com mais modéstia, para a História local.
Helena Abreu
Espero que estes registos sejam uma lufada de luar para todos os que quiserem saber como foi…
Clotilde Moreira