O trabalho está a mudar

O trabalho está a mudar

Porque é que eu decidi ir trabalhar num cowork em Bali é o título de um artigo da revista Quartz. Com efeito, num artigo escrito na primeira pessoa, uma jornalista holandesa, conta-nos porque decidiu deixar Amesterdão durante algumas semanas e viajar milhares de quilómetros, não para tirar férias num local paradisíaco, mas para se instalar a trabalhar.
Saiu do seu país sem ter um trabalho localizado em Bali. Fê-lo para continuar o que fazia todos os dias. E não esteve sozinha. Inscreveu-se num espaço coworking, em que encontrou cerca de 30 outros profissionais que também trabalhavam no mesmo regime.
A internet e as ligações Wi Fi rápidas por todo o planeta permitem que muitas pessoas trabalhem durante largas temporadas em qualquer lado, evitando os invernos do norte, deixando-lhes ainda intervalos para explorar florestas e montanhas, praticar surf em ondas tropicais, tirar fins de semana com um dia ou dois a mais dias.
Podemos chamar-lhes nómadas digitais, muitos são freelancers, bloggers, designers, empresários com negócios baseados na Web, que não podem tirar férias prolongadas nem desligar-se totalmente do seu trabalho. Um posto num coworking deste género mais o custo da estadia em Bali, na Tailândia ou na América do Sul, pode custar-lhes duas a três vezes menos do que o gastariam nas suas cidades.
Depois acumulam as vantagens de trabalhar em comunidade. Têm bom ambiente de trabalho, trocam serviços entre profissionais. Dizem que em geral os resultados destas estadias de três semanas a três meses são até bem produtivos. E, como diria a autora do artigo, trabalham com ‘pés na terra e cabeça nas nuvens’.
Mas vai por aí a tendência, as formas como trabalhamos estão a mudar cada vez mais.